Minicursos

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Resumo da atividade: “Uso de metodologias qualitativas no campo do trabalho: ecoando vozes silenciadas de trabalhadoras e trabalhadores em subalternidade”

O presente minicurso objetiva discutir potencialidades e limitações do uso de metodologias qualitativas como modo de dialogia e compreensão dos diversos fenômenos que perfazem a vida da trabalhadora e do trabalhador no Brasil no atual cenário de esfacelamento dos direitos, precarização do trabalho, fragilização dos vínculos trabalhistas e, sobretudo, para compreender como a fome segue recortando suas vidas. Pretende lançar mão da obra de Spivak “Pode o subalterno falar?” como entrância para trazer a composição da fala do sujeito subalterno não só como instrumento de investigação científica, mas como rompimento do silenciamento no qual as trabalhadoras e trabalhadores têm sido submetidas. Pretende trabalhar com autoenografia para aprofundar as interseccionalidades de raça, gênero e classe no fazer cotidiano da pesquisa científica. Assim, o minicurso combinará reflexões teóricas e discussão de textos cotejados por análises práticas de como operar tais complexidades em pesquisas marcadamente qualitativas e/ou com triangulação metodológica. Também trará espaços para que os participantes possam ensaiar análises dos corpus de pesquisa nos quais estão trabalhando no momento frente ao que foi discutido em termos de teoria e dos instrumentos apresentados.

Resumo da atividade: “Como escutar clinicamente as situações de trabalho?”- tendo em conta a escalada das vivências de sofrimento associados a violência psicológica e das situações de adoecimento relacionado ao trabalho potencializadas nesse período pandêmico.  Este curso pretende a partir de experiencias (casos) em clínica do trabalho apresentar e discutir em linhas gerais os fundamentos e os dispositivos clínicos de pesquisa- ação em clinica psicodinâmica do trabalho. Caracterizando   a implantação de ações pautadas na construção de espaços de escuta qualificada frente a situações de sofrimento e violência. Nessa escuta procura-se articular conhecimentos da psicodinâmica do trabalho, da psicanálise, da psicologia e da análise institucional, destacando a interface entre clínica e política. Nas sessões coletivas dentro do dispositivo de Oficinas de escuta clínica, apresentamos o uso de instrumentos de mediação para a mobilização e expressão do vivido e circulação da palavra. Nesse contexto, a clínica do trabalho assume um importante papel no sentido de mobilizar as resistências e as ações para o deslocamento do sujeito da posição de assujeitado e alienado para a posição de sujeito em busca de sua existência ético-política e de emancipação.

Resumo da atividade: The contemporary arena of academic publishing in social and human sciences is characterized by the flourishing of publication media and the quantification of knowledge-representation (IF, H-index, etc.), that demand “groundbreaking” contributions to the “literature”, an ill-defined semantic field, bounded by reduced heterogeneity in the development of new ideas and a within rigidity of field by “border controllers” (rejection rate, etc.). The workshop is precisely focused on what is not-yet-literature, but will potentially become the ideas of the future.

Resumo da atividade: A repetição de avaliações e mensurações é importante para a compreensão do desenvolvimento de variáveis em contextos organizacionais. Delineamentos de medidas repetidas permitem testar se um fenômeno está, de fato, em crescimento ou é estacionário; além disso permitem testar o impacto de uma variável sobre outra ao longo do tempo.  Abordei no curso modelagens para medidas repetidas aplicadas principalmente a estudos longitudinais em POT.  O conteúdo engloba: 1. Aspectos teóricos e de planejamento de pesquisas longitudinais; 2. Problemas e soluções de medidas utilizadas em estudos longitudinais; 3. Importância da invariância da medida; 4. Prática de análise de dados longitudinais (ANOVA, Curva de Crescimento por Equações Estruturais e Modelagem Multinível).

Alternar

Resumo da atividade: A Psychology of Working Theory, traduzida para o português como Teoria da Psicologia do Trabalhar (TPT), enfatiza os fatores socioculturais, econômicos e políticos que influenciam a distribuição de recursos e possibilidades para todas as pessoas que trabalham e querem trabalhar com atenção àqueles negligenciados do privilégio das escolhas em suas experiências e decisões de carreira. Este curso visa apresentar aspectos centrais da teoria, fundamentos epistemológicos, técnicas e ferramentas de avaliação na TPT e sistemática de intervenção em desenvolvimento profissional e de carreira.

Resumo da atividade: A pressão por resultados está cada vez mais presente nas organizações e nas instituições de ensino superior (IES) contemporâneas. Para atender a essa demanda, cabe ao profissional de Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E), bem como ao docente, dominar um conjunto de competências que lhe permitam julgar se e como ações educacionais podem contribuir para o aprimoramento dos desempenhos individual, de grupos e organizacional, bem como planejar e avaliar tais ações de modo sistemático. Isso exige, antes de qualquer coisa, que sejam compreendidas as bases teórico-conceituais que conformam a formulação de projetos e ações de TD&E. Com a pandemia da COVID-19, a modalidade virtual se tornou a mais utilizada para treinar, desenvolver e ensinar as pessoas, em especial nas IES. Espera-se do profissional de treinamento e do docente na atualidade maior capacidade decisória sobre por que, como, quando, onde e quanto investir na formação dos discentes e na qualificação dos funcionários de uma organização. Em relação ao planejamento, são tantas as abordagens teóricas que o profissional pode facilmente perder-se na busca de ferramentas mais facilmente aplicáveis em contextos dinâmicos de trabalho. No caso da avaliação, inúmeras dificuldades relativas ao delineamento, à instrumentação e aos procedimentos de coleta, análise e devolução de dados emergem quando se pretende ir além da tradicional avaliação de satisfação com o treinamento. Discutir a superação dessas dificuldades no contexto do Ensino Remoto é o propósito do curso.

Resumo da atividade: ‘People Analytics’ é um campo em ascensão de alta interface com a Gestão de Pessoas nas organizações de trabalho. Em linhas gerais, utilizam-se dados perceptuais e comportamentais para entender como as pessoas trabalham, objetivando otimizar as formas de gerenciamento nas organizações voltadas às estratégias a serem implementadas frente ao capital humano. O foco em ‘People’ está nas pessoas, especialmente em discernir quais funcionários contratar, quais recompensar ou promover, quais responsabilidades atribuir e problemas semelhantes voltados às pessoas no campo laboral e nas organizações. A menção a ‘Analytics’ enfatiza a análise computacional sistemática por meio de modelagens e estatísticas que sintetizam padrões de dados para uma tomada de decisão eficaz. Ao longo do curso serão abordados exemplos teóricos, práticos e discutidas as respectivas limitações e implicações de análise descritiva, análise diagnóstica, análise explicativa, análise preditiva e análise cognitiva, as quais podem fomentar a obtenção de valioso conhecimento para a Gestão de Pessoas nas organizações. No formato atual, o curso será ministrado no nível introdutório, não sendo necessária elevada proficiência em psicometria, matemática, estatística ou computação para acompanhamento das atividades.

Resumo da atividade: O comportamento ético das lideranças é um tema que povos o noticiário, as telas do cinema e o dia-a-dia das organizações. Fraudes, corrupção, assédios afetam a vida das pessoas e da sociedade amplamente. Além disso, as pesquisas em psicologia organizacional mostram que líderes éticos promovem em seus subordinados tomadas de decisão mais éticas, maior comportamento pró-social, diminuição de comportamento contraprodutivos, maior satisfação, motivação e comprometimento. Nas últimas décadas, pesquisadores têm se dedicado a compreender a liderança ética e a oferecer ferramentas que permitam ao profissional diagnosticar e propor intervenções que mitiguem a conduta antiética nas organizações. Neste curso, a liderança ética será tratada como um estilo de liderança composto por múltiplos comportamentos distintos, mas relacionados. É um processo de influência para atingir as metas organizacionais com um foco altruísta, em oposição ao que tem sido denominado de supervisão abusiva. Ao final do curso, espera-se que os participantes sejam capazes de relacionar a liderança ética à gestão ética das organizações, descrever as dimensões da liderança ética identificadas na literatura científica, utilizar escalas para avaliar essas dimensões em contextos organizacionais nacionais e propor estratégias de intervenção para aprimorar os níveis de liderança ética nas organizações. Para alcançar esses objetivos, serão propostas apresentações dialogadas com o público, exercícios de auto-reflexão e estudos de caso.

Resumo da atividade: O mini-curso pretende apresentar um panorama sobre saúde mental em organizações, ao apresentar dados referentes aos impactos pré e pós-pandemia na saúde mental do trabalhador, e exemplos de projetos realizados pelo Laboratório de Psicologia Organizacional e do Trabalho (LabPOT) sobre o tema. Também será abordada a avaliação de riscos psicossociais em organizações (normas, quais instrumentos utilizar, exemplos de projetos e intervenções realizadas).

Resumo da atividade: No Brasil, a diversidade vem conquistando espaço nos planejamentos estratégicos de organizações de diferentes segmentos, apesar de boa parte delas ainda permanecer relativamente homogênea, com pouca diversidade. Ocorre que grupos minoritários, como mulheres e pessoas LGBTQIA+, enfrentam muitas formas de discriminação (abertas ou veladas) no ambiente de trabalho, que dificultam sua entrada, permanência e ocupação de cargos mais altos nas empresas. Isto implica a necessidade de uma boa gestão da diversidade, buscando desenvolver políticas e práticas voltadas ao recrutamento, à retenção e ao gerenciamento de uma força de trabalho diversa. Um dos aspectos essenciais para isso é a realização de um diagnóstico de diversidade que, se bem planejado e executado, pode contribuir para uma melhor compreensão da realidade organizacional e auxiliar na formulação de políticas que valorizem a diversidade e fomentem uma cultura verdadeiramente inclusiva. Diante disso, este minicurso tem por objetivo geral possibilitar que a pessoa participante seja capaz de planejar um diagnóstico de diversidade sexual e de gênero nas organizações. Mais especificamente, espera-se que a pessoa participante seja capaz de: discutir o conceito de diagnóstico organizacional; argumentar a importância da realização de diagnósticos organizacionais teoricamente embasados; explicar os diferentes conceitos pertinentes à diversidade nas organizações; argumentar sobre a importância da diversidade nas organizações; explicar o modelo teórico de diagnóstico de diversidade nas organizações; e delinear as etapas de um diagnóstico de diversidade nas organizações.

Resumo da atividade: O objetivo deste mini-curso é instrumentalizar os cursistas com práticas de gestão de pessoas que sejam orientadas ao bem-estar e desempenho sustentáveis. Para o alcance deste objetivo, pretendemos no primeiro módulo, conceitual, definir o bem-estar e desempenho sustentáveis, suas raízes, como tem sido operacionalizado, o papel da valência e do foco das medidas, como tem sido analisado, bem como os antecedentes e desafios tanto teóricos quanto metodológicos. No segundo módulo, prático, pretendemos convidar os participantes a discutirem as práticas de gestão de pessoas usualmente disponíveis nas organizações a partir do ponto de vista deles, em seguida, categorizar qual a orientação de cada prática (i.e. práticas orientadas ao desempenho, práticas orientadas ao bem-estar e práticas verdes), qual sua efetividade para o alcance de um bem-estar e desempenho sustentáveis. Finalmente, discutiremos com os participantes, sobre instrumentos e intervenções tanto de práticas de gestão de pessoas quanto de bem-estar e desempenho sustentáveis. A guisa de conclusão disponibilizaremos o material e deixaremos um espaço para discussão de demandas dos participantes para a temática em tela.

Resumo da atividade: Diversidade não é sinônimo de inclusão. Uma profissional pode trabalhar há tempos em uma organização, mas não se sente pertencente e vinculada a ela. A inclusão de pessoas acontece por meio da gestão da diversidade delineada para isso e, portanto, não basta a entrada de pessoas por “categorias sociais”, pois pode representar maior isolamento na dinâmica organizacional e enquadramento rígido em caixinhas identitárias. Importante entender a gestão de pessoas focada em habilidades e posturas inclusivas e  que pode acontecer no dia a dia em ambientes de trabalho conforme a interação nos grupos, intermediada por uma liderança e gestão que entende a diversão além das cotas. Nessa oficina temos alguns temas como eixo central: Liderança e gestão inclusiva como primordial em gestão da diversidade; Percepção das diferenças e das diversidades e seus impactos na interação pessoal; Posição organizacional e liderança; Estereotipias, preconceitos e discriminação como fenômenos frequentes e por vezes enviesados na comunicação; Conversação colaborativa para a construção de um ambiente inclusivo. Nesse curso veremos quais são essas habilidades de gestores e trocaremos experiências sobre a efetiva inclusão, mais além da contratação de “minorias”.  

Resumo da atividade: Muito se tem debatido sobre a transformação digital e o objetivo desse mini-curso é sistematizar os impactos desse novo contexto para melhor orientar a avaliação das mudanças tecnológicas em curso e dos futuros possíveis revelados com seu avançar. Para tanto, esse mini-curso será organizado em quatro momentos. Inicialmente iremos melhor entender a máxima que afirma que toda organização se tornará um negócio de tecnologia por meio da avaliação de cases de mercado e de novas práticas organizacionais. Na sequência, iremos ressignicar as premissas da ação empreendedora no mercado digital e do que é empreendedorismo pela perspectiva Lean Startup. Num terceiro momento, iremos traçar um panorama da dinâmica e novos contornos de variadas atuações profissionais, debatendo suas semelhanças e diferenças. De forma transversal, iremos refletir sobre o papel dos cientistas, pesquisadores e investigadores nessa realidade e no porvir. Por fim, iremos apresentar como o processo de adaptação digital está pressionando nossa realidade individual e modelar nossa atuação potencializada pela tecnologia no decorrer dos próximos 10 anos